...foi a vez do Mário, o pai do Ribeiro, contar uma história.
«A história do menino distraído» poderia muito bem ser a história de alguns meninos da nossa sala, que também adoram fazer pausas no mundo da lua! Mas não. Esta é apenas a história escolhida pelo pai do Ribeiro para ser contada aos meninos (as) distraídos que pertencem a esta sala.
Nesta história, fala-se de um menino tão distraído que se esquecia de tal forma do que se passava à sua volta, que até se esquecia de que tinha
um corpo.(Tal como alguns meninos (as) desta sala!)
Este rapaz era tão distraído que tinha comportamentos verdadeiramente estranhos. (Tal como alguns meninos (as) desta sala!)
Ia
contra os postes e pedia desculpa, enfiava o dedo na jaula dos macacos, apresentava uma
embalagem de chocolate vazia a pensar que era o bilhete de autocarro, e esquecia o lanche,
que apodrecia sempre no fundo da pasta. Também ia para a escola de pijama e deixava os
blusões em todo o lado. (Tal como alguns meninos (as) desta sala!Ups...Nada como alguns meninos desta sala!)
Um dia, algo de extraordinário aconteceu.
Quando o rapaz jogava à bola, esta saltou
para a rua e ele foi atrás dela. Era como se pensasse que o seu corpo também era feito de
borracha. Só que, desta vez, um condutor não travou a tempo e o rapaz acordou num lugar
onde já tinha estado muitas vezes: a lua.
E lá passou quatro dias! Mas, quando acordou então do sono lunar que nos
mergulha num estado muito próximo da morte, com dores de cabeça e mais dores
ainda no coração, percebeu que teve sorte, porque alguns nem sequer chegam a acordar de tanto estarem
sempre na lua.
Agora, embora suba de vez em quando ao mundo da lua, sabe que cuidar de si, ter atenção aos
perigos, saber evitar os obstáculos, é ter sempre os dois pés bem assentes na terra.
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